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Varizes pélvicas

A dor pélvica crônica afeta em torno de 10 milhões de mulheres no mundo, sendo que muitas permanecem sem o tratamento adequado e convivem com essa dor no dia a dia. A principal causa é a chamada “Síndrome da Congestão Venosa Pélvica”, que é caracterizada por dor crônica na região da pelve por mais de 6 meses, associado a varizes pélvicas (veias dilatadas ao redor dos órgãos da pelve como o ovário, trompas e útero).

 

Essas pacientes, por muitas vezes, são atendidas inicialmente por diversos especialistas devido aos sintomas variados que podem apresentar. Por exemplo, ela pode apresentar sangue na urina ou dor para urinar e procurar o urologista/nefrologista; pode sentir dor na pelve ou dor nas relações sexuais e procurar o ginecologista; ou, ainda, apresentar varizes na região íntima ou na perna esquerda e procurar o vascular. O sintoma mais comum é a sensação de peso em baixo ventre que piora quando está em pé, no período menstrual, durante a gravidez e durante a relação sexual. Além disso, pode haver varizes na região íntima que se estendem para região do meio da coxa ou presença de muitas varizes na perna esquerda sem apresentar varizes na perna direita. Nos homens, podem ocorrer varizes escrotais (varicocele).

Existem diversas causas para essa doença, entre elas, os fatores hereditários (tendência genética), anatômicos (como a síndrome de May-Thurner / Cockett e a Síndrome de Quebra Nozes – que serão explicados mais para frente), fatores hormonais e a gravidez.

A síndrome de May-Thurner ou de Cockett é a compressão da veia ilíaca esquerda entre a coluna vertebral e a artéria ilíaca direita que pulsa sobre ela, dificultando a drenagem do sangue da pelve e da perna esquerda (o que leva ao aumento de pressão nas veias desses locais com consequente dilatação/formação de varizes).

 

A Síndrome de Quebra Nozes ou Nutcracker é a compressão da veia renal esquerda entre a aorta e a artéria mesentérica superior, dificultando a drenagem do sangue através da veia gonadal esquerda que se conecta a veia renal esquerda. Isso pode levar a sangramento pela urina e dor na região lombar, devido ao aumento da pressão de sangue no rim. Também pode levar à formação de varizes pélvicas devido ao aumento de pressão nessas veias.

O exame inicial para o diagnóstico é o ultrassom Doppler (para as mulheres, transvaginal), podendo ser solicitados também uma Angiotomografia ou Angiressonância de abdome e pelve após o ultrassom. Casos específicos, em que há suspeita de compressão das veias da pelve ou abdome, pode ser necessária a flebografia com ultrassom intravascular, exame invasivo realizado pelo Cirurgião Endovascular em sala de hemodinâmica ou centro cirúrgico.

O tratamento para os casos leves é feito com o uso de medicamentos e em alguns casos, é feita a associação com psicoterapia. Já os casos mais graves necessitam de tratamento cirúrgico que é feito por dentro dos vasos (cirurgia Endovascular). A cirurgia é feita através de uma punção na veia (furinho com agulha) da virilha ou do braço, por onde passa todo material que será utilizado na cirurgia. No caso de varizes pélvicas é feito o fechamento delas com uso de esclerosantes (escleroterapia) e/ou molas (embolização) e no caso de síndrome de May-Thurner ou Quebra Nozes é realizada a angioplastia com balão e stent para abrir o local da compressão.

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