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Doença das carótidas

As artérias carótidas juntamente com as artérias vertebrais levam o sangue até o cérebro para nutrição e oxigenação dele. Nós possuímos uma artéria carótida e uma artéria vertebral em cada lado do pescoço. A falta de sangue para o cérebro pode levar à morte de parte das células cerebrais, conhecido como acidente vascular encefálico (AVE ou AVC) ou derrame. Sabe-se que o AVC é a segunda causa de morte no mundo, mostrando a importância em conhecer as causas dessa doença.

Existem algumas causas para o AVC, como o “entupimento” de alguma artéria cerebral por um coágulo que se soltou do coração ou devido ao “entupimento” da artéria carótida no pescoço. A chamada doença obstrutiva da artéria carótida ou estenose de carótida, ocorre por estreitamento/oclusão dessa artéria por uma placa de gordura (aterosclerose).

Os fatores de risco para formação dessas placas são:

  • Tabagismo
  • Pressão alta (hipertensão arterial)
  • Diabetes
  • Colesterol alto (dislipidemia)
  • Obesidades e sedentarismo
  • Idade maior que 50 anos

Lembrando que sempre que houver muitos fatores de risco associados, devemos investigar também o coração e os membros inferiores para saber se não há placas de gordura nesses locais também.

Os pacientes acometidos pela doença obstrutiva da carótida podem ser assintomático ou podem apresentar sintomas de AVC, como perda súbita da força/coordenação ou sensibilidade do braço e pernas em metade do corpo, perda da visão, dificuldade de fala, boca torta, entre outros. No caso de apresentar qualquer um desses sintomas é necessário procurar imediatamente o serviço de urgência pela suspeita de AVC.

O diagnóstico é feito com ultrassom Doppler, que serve também como um exame de rastreio, ou seja, pacientes com fatores de risco para o desenvolvimento da doença, devem fazer esse exame para que tenham o diagnóstico precoce de estenose/oclusão de carótida. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são solicitadas quando há indicação de cirurgia para melhor avaliação da lesão.

O tratamento vai depender do grau de obstrução e da presença de sintomas. Inicialmente, são tomadas algumas medidas para todos os casos, que são: parar de fumar, controle da pressão alta, colesterol e diabetes, introdução de algumas medicações e atividade física regular. Os casos com indicação de cirurgia podem ser tratados por cirurgia aberta (endarterectomia de carótida) ou endovascular (por dentro dos vasos). A escolha vai depender das características da lesão, idade do paciente e condições clínicas para cirurgia. A cirurgia aberta é feita com um corte no pescoço e é retirada a placa que estava obstruindo a artéria. A endovascular é feita através de um furinho na virilha e uso de balão e stent para manter o vaso aberto.

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