

Os miomas uterinos são tumores benignos do tecido muscular do útero que podem ser assintomáticos ou gerar sintomas como: menstruação irregular (períodos prolongados, aumento do fluxo, sangramentos no meio do ciclo), cólicas, dores abdominais ou pélvicas durante a relação sexual, infertilidade, entre outros. Costumam afetar mulheres entre 30 e 50 anos de idade e têm como fator de risco a obesidade, predisposição genética, etnia (mais frequente na raça negra), nuliparidade (não ter filhos) e a idade.
O diagnóstico é feito pelo ginecologista com o exame físico associado a um ultrassom transvaginal (em alguns casos específicos pode ser necessário uma ressonância magnética).
O tratamento vai depender do tamanho e localização dos miomas, podendo ser clínico, em que é feito apenas o acompanhamento periódico e uso de medicações, e em outros casos pode ser necessária cirurgia. As técnicas cirúrgicas são: retirada dos miomas (miomectomia), retirada do útero (histerectomia – quando não há mais desejo em engravidar) ou por via endovascular. As duas primeiras são mais definitivas e realizada pelo Ginecologista. A cirurgia endovascular é menos invasiva e é realizada pelo Cirurgião Vascular e Endovascular.
A embolização uterina é uma cirurgia feita por dentro dos vasos e tem por objetivo o fechamento das artérias que nutrem o mioma. Essa falta de irrigação leva à uma redução do seu tamanho ou até mesmo ao seu desaparecimento. É feita uma punção na virilha (furinho com agulha) por onde conseguimos chegar até as artérias que alimenta o mioma, na qual são injetadas partículas que vão fechar esses vasos. É uma cirurgia feita sem cortes (minimamente invasiva) e com o uso de raio x durante o procedimento. No pós-operatório é comum sentir muita cólica devido à morte das células do mioma, que é controlado com medicação forte para dor (muitas vezes, é necessário ficar internado para receber medicação na veia por um ou dois dias). Esses sintomas desaparecem com os dias.