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Trombose-venosa-profunda

Trombose venosa profunda

Para entendermos a trombose venosa profunda, primeiro precisamos entender o que é trombose e o que é o sistema venoso profundo. A trombose é a formação de um coágulo dentro de um vaso, levando ao “entupimento” deste. O sistema venoso leva o sangue das extremidades de volta para para o coração e isso ocorre pelo sistema venoso superficial que são as veias que passam logo abaixo da pele e não chegam diretamente no coração, terminando em veias profundas, e pelo sistema profundo que são as veias que passam próximas aos músculos, são mais calibrosas e seguem um caminho contínuo até o coração e as artérias dos pulmões.

O tipo de trombose que comumente as pessoas já escutaram falar que é “perigosa” é a trombose venosa do sistema profundo, pelo risco deste coágulo se soltar, caminhar até o coração e “entupir” as artérias dos pulmões, impedindo que o sangue seja oxigenado, o que pode ser fatal. Esta condição é chamada de embolia pulmonar.

Existem muitos fatores de risco que podem levar a esse quadro, como por exemplo, ficar longos períodos em uma mesma posição ou imobilização prolongada (necessidade de uso de gesso na perna, viagens longas, após cirurgias, durante internações hospitalares, entre outros), câncer, traumas graves, história prévia de trombose ou embolia pulmonar, uso de anticoncepcionais ou reposição hormonal, tabagismo, gravidez, idade avançada, obesidade, problemas hereditários na coagulação do sangue (conhecidos como trombofilias) e muitos outros motivos.

Os principais sintomas são a dor e o inchaço (edema) da perna acometida, ocorrendo geralmente apenas de um lado. Pode ocorrer também o endurecimento do músculo da batata da perna (empastamento de panturrilha) e mudança na coloração da pele (ficando mais avermelhada).

O diagnóstico é confirmado através do ultrassom Doppler venoso do membro. Em casos específicos, podem ser solicitados a angiotomografia abdominal (para investigar compressão venosa como causa da trombose) ou angiotomografia torácica na suspeita de embolia pulmonar.

O tratamento é feito com anticoagulação, ou seja, uso de medicações que “afinam” o sangue para que não se formem mais coágulos e permitir que o próprio corpo faça a absorção lenta dos coágulos formados. Em alguns casos, pode haver contra-indicação ao uso do anticoagulante, podendo ser necessário uma cirurgia para implante de um filtro na veia cava inferior, evitando que coágulos grandes se desloquem até o pulmão. Outros casos mais específicos, com quadros mais graves de tromboses extensas em veias maiores, ou que há risco de perda do membro, pode ser necessária a cirurgia para retirada mecânica dos coágulos, e caso seja identificado compressão da veia do abdome, pode ser necessário implante de stent.

A complicação mais temida é a embolia pulmonar, que ocorre devido ao desprendimento do coágulo da veia que viaja na circulação até chegar ao pulmão, causando “entupimento” da artéria pulmonar com risco de morte. Outra complicação é a chamada síndrome pós-trombótica, em que devido ao comprometimento das válvulas das veias pelos coágulos, a longo prazo pode haver o surgimento de varizes e até mesmo úlceras na perna de difícil tratamento, sendo necessário às vezes o uso de meias elásticas de alta compressão para o resto da vida.

 

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